O vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção – 
CBIC -, José Carlos Martins, salientou que o Custo RS tem sido o maior 
obstáculo para que o Programa Minha Casa Minha Vida entre num ritmo 
favorável no Rio Grande do Sul e por esse motivo aparece entre os 
Estados com menor número de contratações com relação à meta 
estabelecida. Sugeriu que representantes do setor da construção civil e 
autoridades municipais e do Estado busquem avaliar o porquê da falta de 
interesse das construtoras nas contratações. A afirmação foi feita no 
dia 4 de julho em Porto Alegre durante evento de apresentação do 
programa para prefeitos e construtores realizado na sede do 
Sinduscon-RS. Segundo a diretora do Departamento de Produção 
Habitacional do Ministério das Cidades, Maria do Carmo Avesani, no Rio 
Grande do Sul foram contratadas desde o lançamento do MCMV (2009) até 
agora 184 mil unidades, representando um investimento de R$ 12 bilhões, 
sendo entregues até o momento mais de 116 mil unidades. No País, da meta
 total de 3,5 milhões de unidades (fase I e II do programa), já foram 
contratadas 2,6 milhões de unidades, num desembolso de R$ 170 bilhões. 
Até o momento foram entregues 1,0 milhão de unidades. Avesani chamou a 
atenção para a importância do engajamento das administrações municipais 
para a continuidade do MCMV com ênfase para a faixa de menor renda (até 
R$ 1.600,00 por família).
Tendo em vista a crescente escassez de terrenos em áreas próximas das
 cidades é imprescindível que as prefeituras identifiquem as 
necessidades de equipamentos e serviços urbanos para empreendimentos 
enquadrados no Programa. A dirigente do Ministério das Cidades afirmou 
que para empreendimentos com mais de 500 unidades habitacionais o Fundo 
de Arrendamento Residencial – FAR – poderá contratar equipamentos de 
educação, saúde, assistência social, segurança e outros, a critério da 
SNH/MCidades, limitando-se a 6% do valor da edificação e infraestrutura.
A reunião foi promovida numa parceria entre a Câmara Brasileira da 
Indústria da Construção – CBIC -, Ministério das Cidades e Banco do 
Brasil, juntamente com o Sinduscon-RS. O encontro teve por objetivo a 
integração de esforços entre o poder público municipal, agente 
financeiro (BB), Governo Federal e a indústria da construção. O 
vice-presidente do Sinduscon-RS, Rafael Tregansin, destacou que as 
construtoras, que até então produziam moradias para a classe média, vêm 
buscando se estruturar em termos técnicos e de recursos humanos para 
atender a demanda da população de baixa renda, que é o foco do Programa.
 “O Minha Casa Minha Vida está viabilizando a oportunidade de acesso a 
moradia própria a esta faixa populacional, que assim deixam de ocupar 
sub-habitações”, concluiu. 
Fonte: www.sinduscon-rs.com.br