A falta de um trabalhador capacitado afeta diretamente o custo de obras,
acarretando problemas como atrasos na entrega, gasto excessivo com
materiais e muitas vezes o retrabalho por conta de projetos mal
executados. Esta é uma realidade vivenciada pelo construtor doméstico e
também por grandes empresários do ramo. Segundo a vice-presidente do
Instituto da Construção, Rebeca Pinto, o Brasil enfrenta um problema
cultural, já que historicamente as pessoas não priorizam a qualificação
nestes setores. “Na maioria das situações o aprendizado ocorre na
própria obra, o que multiplica condutas equivocadas e vícios
comportamentais”, explica. Para ela, a carência de métodos e o
conhecimento sobre matéria prima deveriam ser básicos para qualquer
profissional que busque melhor performance e o desenvolvimento de um
trabalho com qualidade.
Apesar de identificar o problema no
canteiro de obra, muitas empresas contratam profissionais mesmo sabendo
que não possuem qualificação necessária, pois existe uma grande carência
de profissionais. “Temos parcerias com empresários que estão investindo
na capacitação de sua força de trabalho e com isso economizando até 30%
no custo final da obra.”
Para a especialista, além de tornar a
obra mais eficiente e com maior qualidade, a qualificação profissional
ajuda a minimizar o acúmulo de entulho, pois o desperdício de material é
muito baixo. "Geralmente o desperdício e outros gastos acontecem pelos
maus hábitos da própria mão de obra. Para se ter uma ideia do tamanho do
problema, a cada três casas construídas, o volume de entulho produzido
seria o suficiente para construir mais um imóvel."
Formação de profissionais é escassa no mercado
Recente
pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que
somente 17,8% dos trabalhadores ocupados na construção civil
frequentaram cursos de educação profissional. De 16 setores analisados
na pesquisa, os com menor proporção de pessoas formadas são de
agronegócio (7%), outros (13,54%) e construção civil (17,8%).
David
explica que a solução para este problema são os cursos
profissionalizantes que fazem com que os trabalhadores cheguem ao
mercado aptos a executar seus trabalhos, conscientes e livre de vícios.
"A contratação desses profissionais é imprescindível para que não haja
desperdício de materiais, falhas na construção, retrabalho e atrasos na
entrega das obras".
Com mensalidades que variam de R$ 99 a R$
250, o Instituto da Construção atinge principalmente os trabalhadores
das classes C, D e E, oferecendo cursos com grades modulares e
flexíveis, com alternativas no período da noite e aos sábados. Ao
finalizar cada curso, o aluno recebe um certificado. Entre os cursos
oferecidos estão o de Instalador de Alvenaria Azulejista e Revestidor,
Gesso Acartonado, Eletricista Instalador, Pintor de Obras, Decoração
Residencial, Pereirão, Paisagismo, Mestre de Obras, Jardinagem e
Instalador Hidráulico. Todos eles possuem como conteúdo comum as
matérias Primeiros Socorros, Meio Ambiente, Segurança no Trabalho
(Normas NR8 e NR10) e Organização Financeira. A rede pretende ainda
lançar mais 30 cursos em 2013.
Do site: www.obra24horas.com.br
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